segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Con La Gente Que Me Gusta

Con la gente que me gusta
Me dan las claras del alba
Compartiendo madrugadas,
Palabras, risas y lunas.

Con la gente que me gusta
No existe espacio ni tiempo;
Sólo hablando de recuerdos
Mil veces vi amanecer.

Con la gente que me gusta
Paso las noches en vela
Deberían ser eternas
Como la lluvia y la sed.

Me gusta la gente
Que cuando saluda
Te aprieta la mano
Con fuerza y sin dudas.

Me gusta la gente
Que cuando te habla
Te mira a los ojos,
Te mira de frente,
Te dice a la cara
Aquello que siente
Y nada se calla y no tiene dobleces;
Me gusta la gente.

Con la gente que me gusta,
Y alrededor de una mesa,
Cualquier vino es un poema,
Cualquier charla la locura.

Con la gente que me gusta
Me encanta hablar de proyectos;
De esos que se lleva el viento
Y que se olvidan después.

Con la gente que me gusta
La vida tiene sentido;
Hay calor donde hubo frio,
Cariño donde hubo hiel

sábado, 24 de outubro de 2009

ESCADA-PIANO TOCA MÚSICA E INCENTIVA PESSOAS A SE EXERCITAREM

Construída nas escadas de um metrô em Estocolmo, a escada que toca música à medida que alguém sobe um degrau virou sensação não só entre os suecos, mas na web em diversos países.

Escada normal ou rolante? Aposto que se você se deparasse com uma escada musical, iria optar por se exercitar um pouco mais. E seu filho nem iria reclamar ou pedir colo na hora de subir escadarias.

Com o intuito de promover o exercício físico, a Volkswagen transformou as escadas de um metrô em Estocolmo, na Suécia, em um piano gigante. À medida que OS pés pisam em um degrau, ele toca uma nota diferente. Lembra daquele piano no gigante no filmeQuero Ser Grande, com o astro Tom Hanks? É mais ou menos isso...

A empresa de carros afirmou ao jornal britânico Daily Mail que, após a invenção, 66% a mais de pessoas optaram pela escada musical e chamam a novidade de teoria da diversão. E você, gostaria de subir degraus como esse? Assista ao vídeo e divirta-se!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Onde atua a Biodanza?

Desde o início dos tempos,
o homem vem se perguntando:
Onde viver?
Com quem viver?
O que fazer?


Há uma espécie de nostalgia do ser. E é na existência onde vamos nos revelando. Passa-se a vida toda em busca de um sentido. Os conceitos morais desqualificam a vida e protelam o conhecimento de si, coisificando o homem. A gente acaba se resvalando na periferia. E nos perguntamos: o que tenho que fazer para ser feliz?


Nossos instintos são mandatos biocósmicos, destinados a florescer a vida, é uma coordenação da vida. Um mandato biossocial e não uma regra social, a partir daí saímos da moral e entramos na ética. Ao longo da nossa vida fomos ouvindo muita coisa e muitas marcas ficaram. Quando nos vemos como uma coisa, isso é limitante. Nós somos filhos das estrelas. E esses elementos, que fizeram parte da gêneses, estão em nós

A biodanza tem 11 níveis de ação:

1. Celular imunológico
2. Neurovegetativo
3. Homeostático
4. Motor
5. Afetivo
6. Mental
7. Comunicação
8. Qualidade de vida
9. Existencial
10. Consciência
11. Transpessoal e Consciência Ética

quinta-feira, 26 de março de 2009

Epigenética: além da seqüência do DNA

O hábito de fumar, o uso de esteróides e certas drogas também influenciam as funções genéticas por interagir química ou fisicamente com o DNA

Eloi S. Garcia é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e membro da Academia Brasileira de Ciência. Artigo enviado para o “JC e-mail”:

Recentes investigações genéticas têm demonstrado que gêmeos idênticos (possuidores do mesmo genoma) apresentam diferenças em seu comportamento e fisiologia.

Por exemplo, eles podem diferir na susceptibilidade a doenças degenerativas e infecciosas.

Por que isto? Quais são as razões? O genótipo ou o genoma de gêmeos idênticos não é o mesmo?

Já o fenótipo – a fisiologia e a função orgânica - é reconhecidamente distinto e diferente.


Somos mais que nossos genes. Os genes não são responsáveis por tudo. Uma nova área, a epigenética, está sendo desenvolvida para explicar estas diferenças.

O termo epigenética existe há mais de cem anos, mas somente C. H. Waddington em 1942 deu uma definição mais precisa a ele.

Epigenética é um campo da biologia que estuda as interações causais entre genes e seus produtos que são responsáveis pela produção do fenótipo.

Pesquisas recentes realizadas sobre genomas e proteomas revelam que esta definição está correta.

Na tentativa de compreender a complexidade da biologia da vida, os cientistas normalmente estudam elementos individuais do genoma.

Seqüências gênicas e proteínas são analisadas para compreender suas interações específicas com outras entidades simples de sistemas mais complexos.

Algumas vezes este enfoque oculta aspectos importantes da biologia, principalmente àqueles de dependem de níveis mais altos de organização genética.

Assim, por exemplo, o genoma não possui somente a informação das seqüências das quatro bases A, C, G e T na cadeia do DNA.

Não resta dúvida de que esta seqüência é importante em termos dos códons, genes e cromossomos. Mas há informações adicionais no genoma dos mamíferos e estas se referem ao epigenoma.

A epigenética investiga a informação contida no DNA, a qual é transmitida na divisão celular, mas que não constitui parte da seqüência do DNA.

Os mecanismos epigenéticos envolvem modificações químicas do próprio DNA, ou modificações das proteínas que estão associadas a ele.

Por exemplo, nas histonas que se ligam e compactam a cadeia do DNA formando a cromatina, o material básico dos cromossomos.

Ou nas proteínas nucleares e nos fatores de transcrição, moléculas que interagem e regulam a função do DNA.

As modificações epigenéticas envolvem a ligação de um grupo metil (-CH3) a base citosina do DNA, particularmente aquela que vem antes da guanina; ligação de grupo acetil (CH3CO-) ao aminoácido lisina no final de duas histonas; remodelagem de outras proteínas associadas à cromatina; e transposição de certas seqüências da fita de DNA causando mudanças súbitas na maneira que a informação genética é processada na célula.

Cada uma destas modificações age como um sinal de regulação e modificação na expressão gênica.

O hábito de fumar, o uso de esteróides e certas drogas também influenciam as funções genéticas por interagir química ou fisicamente com o DNA.

O estilo de vida e exposição ambiental geralmente é diferente entre as pessoas por mais próximas que sejam.

A metilação do DNA e a modificação nas histonas se distribuem pelo genoma e são mais distintas quando os gêmeos idênticos envelhecem e têm diferentes modos de vida.

Isto leva aos fatores ambientais serem responsáveis por mudanças em um mesmo genótipo para diferentes fenótipos.

Existem enzimas que removem os grupos metilas das histonas modificando-as de tal modo que podem induzir a repressão de genes.

Estas diferenças epigenéticas também levam a diferente susceptibilidade a doenças como o câncer, artrites, depressão de desordens psíquicas e emocionais.

Hoje se sabe que enquanto o genoma é o mesmo em nossas células, o epigenoma é diferente em cada uma dos 250 tipos de células diferentes que formam o ser humano.

Fonte: Jornal da Ciência - SBCP

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Nem só de Mozart depende a inteligência



Teoria que vinculava o desenvolvimento da capacidade intelectual à influência da música de Mozart foi revista e abriu espaço para outras possibilidades.


A idéia de que a música nos torna inteligentes se alastrou no início dos anos 90. Na época, a psicóloga americana Frances Rauscher, da Universidade da Califórnia, Irvine, coordenou um trabalho cujos resultados ficaram conhecidos como “efeito Mozart”. As pessoas observadas pela pesquisadora ouviram a sonata de Mozart para dois pianos e ré maior – KV 448 – durante dez minutos. Ao serem submetidas, logo em seguida, a testes de inteligência que focavam o raciocínio espacial, obtiveram resultados melhores do que as que não tinham passado pela mesma experiência ou que tinham ouvido apenas sons relaxantes. Nos Estados Unidos, os responsáveis pelas políticas educacionais receberam com euforia a descoberta publicada na revista científica Nature. Logo a música de Mozart passou a fazer parte da rotina das escolas da Flórida e os recém-nascidos do estado da Geórgia passaram a ser presenteados com CDs do músico austríaco.

Mas a febre do efeito Mozart logo encontrou a resistência de outros pesquisadores. Estudos posteriores concluíram que os benefícios cognitivos obtidos após o contato com a música eram, na verdade, temporários e se limitavam à capacidade de projeção espacial. Não se podia falar em um aumento geral da inteligência! Além disso, ficava cada vez mais claro que o efeito não estava atrelado exclusivamente à música clássica e menos ainda a Mozart em especial. Ao lado de Schubert e Bach, músicas pop e mesmo a leitura em voz alta de uma emocionante história de Stephen King também funcionavam tão bem quanto ou até melhor: na verdade, o resultado dependia da preferência individual de cada participante! Aparentemente, as pessoas pesquisadas só solucionavam as atividades do teste com mais facilidade quando os estímulos os inspiravam intelectualmente e os deixavam de bom humor.

Para a discussão sobre o efeito da música sobre a capacidade intelectual, deve-se diferenciar entre a audição passiva de música e a atividade musical ativa. A maioria dos estudos sobre o tema “produção musical e inteligência”, infelizmente, deixa um pouco a desejar em termos metodológicos. Alguns resultados conclusivos foram fornecidos, entre outros, pelo psicólogo canadense Glenn Schellenberg: por volta de 2004, o cientista da Universidade de Toronto acompanhou o desenvolvimento de 144 alunos do primeiro ano fundamental que durante meses tiveram aulas de piano ou de canto e de teatro ou não tiveram nenhum estímulo extra-escolar. Realmente, à medida que o tempo passava, mais os alunos produtores de música conseguiam uma vantagem intelectual em relação a seus colegas: porém, após oito meses, essa vantagem era em média de três pontos de QI – no entanto, às vezes essa grandeza corresponde à variação de valores que ocorre até com a mesma pessoa. No mesmo período, as crianças do grupo de teatro – diferentemente de todos os outros alunos – expandiram claramente sua capacidade social.

O próprio Schellenberg observou, em um estudo mais recente, que uma vantagem intelectual bastante tênue adquirida pelo aprendizado de música na infância se mantém possivelmente até a idade adulta. Mas em vista do esforço necessário para obter esse resultado, o aprendizado de música não pode ser visto como caminho rápido e fácil para o aumento da capacidade intelectual. Na verdade, provavelmente não apenas aulas de música, mas qualquer aula extra, de maneira geral, tem efeito positivo sobre o desenvolvimento cognitivo.

Em resumo, estímulo é bom, mas quem não toca um instrumento musical não fica automaticamente atrás dos outros. O que é uma boa notícia para os que não têm aptidão musical. Assim, o desenvolvimento das crianças pode ser incentivado também por meio de estudos de física, literatura ou um idioma, de forma que sejam respeitadas as preferências de cada um.

Ralph Schumacher é professor de filosofia da Universidade Humboldt de Berlim; desenvolveu projetos de estímulo de competências cognitivas pela música, no Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha.
Tradução de Renata Dias Mundt